Cogumelos que produzem eletricidade? Sim — e é mais real do que se pensa.
O Pleurotus ostreatus (conhecido como cogumelo-ostra) é já bem conhecido na gastronomia e na agricultura. Mas o que talvez poucos saibam é que, segundo estudos recentes, este fungo além de compor polímeros, pode também gerar pequenas quantidades de corrente eléctrica — e isso levanta possibilidades muito interessantes do ponto de vista científico e tecnológico.
Durante o processo de crescimento e decomposição de matéria orgânica, o micélio do Pleurotus executa um conjunto de reações metabólicas que libertam elétrões. Quando cultivado sobre substratos ricos (como resíduos agrícolas — bagaço de cana, por exemplo), esses eletrões podem ser captados através de elétrodos ligados a células de combustível microbianas (MFCs).
Ou seja: não é que o cogumelo “produza” eletricidade no sentido clássico, mas sim que o seu metabolismo gera um fluxo de carga elétrica que, com a tecnologia certa, pode ser convertido em corrente utilizável.
sensores ambientais autoalimentados,
dispositivos em zonas remotas,
até modelos educativos e experimentais em biotecnologia e micologia aplicada e nanotecnologia.
Se estiveres a trabalhar com biotecnologia, agricultura regenerativa ou simplesmente curioso por soluções inovadoras com base na natureza — esta é, sem dúvida, uma linha de investigação a acompanhar de perto.